Olho em volta e vejo uma mesa com quatro senhoras a tomar café. Falam harmoniosamente, uma delas tira o dinheiro da carteira, provavelmente vai pagar.
Noutra mesa, um homem só, agarrado ao telemóvel, cada pessoa que entra olha-a, observa-a e continua a escrever no telemóvel.
Há um homem já de alguma idade que quando chegou, procurou desenfreadamente o jornal desportivo, encontrou-o, está a lê-lo, nada o distrai, deve ser uma das suas fontes de prazer e de curiosidade, o futebol.
Há uma mesa curiosa onde está uma pessoa, que eu conheço, a ler. O livro sem dúvida Fernando Pessoa, ontem alguém lho emprestou para ler. Tomou um café solitário, não me viu ao entrar, tomei a liberdade de lho pagar. A cada passo, pára, medita, contempla e interioriza o que lê. Deve absorver cada letra, cada palavra, cada frase, cada versa, cada poema com uma transcendência única. Limpa muitas vezes os lábios, será para saboreá-los??
De todos, aqueles que mais o marca, anota-os num papel, provavelmente para depois recordar. Quão diferente eu sou… Leio e não aponto. Passo livros sem os sublinhar. Página após página, apenas a memória (fraca) me serve de apontamento. O que ela não conservar é porque muito provavelmente não era importante.
Fecha os olhos, esfrega-os, olha pela janela certamente sem ver nada, é mais uma meditação e contemplação. Este último poema deve ter sido profundo. Mexeu demasiado com ele. Parou, recostou-se na cadeira, vagamente e sem certezas pegou no telemóvel. Uma mensagem entregue ao destinatário, de volta aos braços cruzados e à meditação. Sem dúvida foi profundo o poema. Continuo a passar o olhar pelo café enquanto ele medita um pouco mais.
Ao fundo, atrás de um pilar, uma presença assídua por aqui… Um personagem interessante e misterioso q.b. Apesar de o ver quase diariamente, não sei o seu nome, não sei o que faz na vida, não tem um comportamento rotineiro. Baixo e de óculos, geralmente com o cabelo comprido. Às vezes de barba, outras pêra, outras cara limpa. Às vezes computador, outras jornal, outras nada. Fala pouco. Apenas me dirijo a ele quando lhe peço o jornal. Tenho vontade, muita vontade de conversar, de o conhecer, mas não houve oportunidade e não me atrevo. Deixo-o fumar com o seu ar meditativo.
Acabo o meu martini e sigo a minha viagem porta fora até casa…
Noutra mesa, um homem só, agarrado ao telemóvel, cada pessoa que entra olha-a, observa-a e continua a escrever no telemóvel.
Há um homem já de alguma idade que quando chegou, procurou desenfreadamente o jornal desportivo, encontrou-o, está a lê-lo, nada o distrai, deve ser uma das suas fontes de prazer e de curiosidade, o futebol.
Há uma mesa curiosa onde está uma pessoa, que eu conheço, a ler. O livro sem dúvida Fernando Pessoa, ontem alguém lho emprestou para ler. Tomou um café solitário, não me viu ao entrar, tomei a liberdade de lho pagar. A cada passo, pára, medita, contempla e interioriza o que lê. Deve absorver cada letra, cada palavra, cada frase, cada versa, cada poema com uma transcendência única. Limpa muitas vezes os lábios, será para saboreá-los??
De todos, aqueles que mais o marca, anota-os num papel, provavelmente para depois recordar. Quão diferente eu sou… Leio e não aponto. Passo livros sem os sublinhar. Página após página, apenas a memória (fraca) me serve de apontamento. O que ela não conservar é porque muito provavelmente não era importante.
Fecha os olhos, esfrega-os, olha pela janela certamente sem ver nada, é mais uma meditação e contemplação. Este último poema deve ter sido profundo. Mexeu demasiado com ele. Parou, recostou-se na cadeira, vagamente e sem certezas pegou no telemóvel. Uma mensagem entregue ao destinatário, de volta aos braços cruzados e à meditação. Sem dúvida foi profundo o poema. Continuo a passar o olhar pelo café enquanto ele medita um pouco mais.
Ao fundo, atrás de um pilar, uma presença assídua por aqui… Um personagem interessante e misterioso q.b. Apesar de o ver quase diariamente, não sei o seu nome, não sei o que faz na vida, não tem um comportamento rotineiro. Baixo e de óculos, geralmente com o cabelo comprido. Às vezes de barba, outras pêra, outras cara limpa. Às vezes computador, outras jornal, outras nada. Fala pouco. Apenas me dirijo a ele quando lhe peço o jornal. Tenho vontade, muita vontade de conversar, de o conhecer, mas não houve oportunidade e não me atrevo. Deixo-o fumar com o seu ar meditativo.
Acabo o meu martini e sigo a minha viagem porta fora até casa…
08/05/07
13 Disseram...:
Já tens a foto q tanto querias.
Dp comento,desculpa, mas estou c um pouco de pressa.
Gostei desta divagação...beijinhos.
Senti-me neste lugar, tamanha a nitidez da dissertação. Eu também tomava o café!! com mini chocolate de menta!
Muito bem escrito! Parabéns!
abraços
Café eu não tomava, porque não gosto de café simples, mas em vez disso, um capuchino! :D
Gostei... deste "largas" à imaginação! :)))
Abraço recheado com o amor do nosso Pai Celestial.
Boa noite e fica bem :)
Flor
A adivinhar os frequentadores do bar? Dá vontade de o fazer, sem dúvida.
Vou já resolver o problema do link. Isto é o resultado das mudanças de template e consequentes limpezas. Desculpa.
Beijos
Realmente, é muito interessante observar as pessoas, as suas rotinas, a sua forma de estar, etc.
Mas, não bebas muito, porque depois vens "conduzir " o blog e pode dar asneira!!!!LOL
P.S- Passa pela minha casa que tens lá algo para ti.
Beijitos
É pena q nem todos pensem como tu.
Por isso deixo-te o aviso.
Tem cuidado c qq erro ortográfico, pq temos uma pidesca da ortografia.
Convido-te a leres o comentário acerca do meu blog.
Terá a resposta à altura.
http://ordemdascoisas.blogspot.com/
Nome do post: Prémio erros ortográficos.
Beijitos
Bem, com o Martini assim tão disponível... acabei por beber um golinho. Ehehehehe
Resto de um GOOD fim-de-semana para ti.
Com carinho e admiração Flor :))
muito bom seu texto até fiquei afim de beber também,bom fds.
Escreves muito bem! Descreves as coisas de tal forma que embelezas o texto e o tornas mais apetecível.
Então com um café ou um Martini!!!
Paula, um grande beijinho....
Marlene Maravilha, muito obrigado, ainda bem que consegui descrever dessa maneira o sítio...E quem sabe, se vieres a Portugal e passares por Viseu, não vais lá tomar o teu cafezinho....
beijo
Flor, um grande beijo, com o cheiro de um capuchino quente a aromatizar em cima da mesa, com a sua espuma espessa e densa, onde o açucar fica preso e os lábios contornados...
Beijo
Sim, dá muita vontade de o fazer, e desta vez, obedeci à vontade...LOl
Um beijo Agua quente, obrigado por me teres linkado...
Diabólica, minha amiga, já sabes que se eu beber não "conduzo"...LOL
Mas adoro observar os comportamentos dos outros...
Beijitos...
José carreira, terei oportunidade de ver o seu blog com a tenção, depois darei notícias...
Abraço
Flor, não tem mal, eu deixei-o ali para quem quer que passe, se for esse o seu desejo dê um golo e saboreie um martini ao som de uma boa música e de uma leitura agradável...Beijo, boa semana
Escorpiana, há muito que não te via pelo meu cantinho...Pode beber um bocadinho se quiser, está à vontade...Beijito e continue a visitar-me...
Pe. Vitor, meu bom amigo, de facto este texto ao sabor de um amrtini é ainda melhor...Obrigado pelo elogio, mas assim ainda fico convencido....
Abraço amigo...
Boa tarde!
Agradeço a atenção prestada à minha comunicação e a vista ao http://www.cegueiralusa.blogspot.com/.
Gosto bastante do seu blogue e já está linkado no cegueiralusa.
Continuação de bons posts.
Abraço, José Carreira.
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